Jovem simplesmente jovem... Blog do padre frei Didier, oar.

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Jovem simplesmente jovem

sábado, 11 de maio de 2013

Dia Mundial das Comunicações Sociais

O 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais será celebrado no próximo dia 12 de maio, com o tema:
"Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização".

O tema deste ano aborda o universo das redes sociais, um fenômeno de comunicação presente em nossa sociedade.

"O desenvolvimento das redes sociais estão contribuindo para a aparição de uma nova ágora, de uma praça pública e aberta onde as pessoas partilham idéias, informações, opiniões, e podem ainda ganhar vida novas relações e formas de comunidade", diz o então Papa Bento XVI em sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações 2013, divulgada no dia 24 de janeiro deste ano, quando Bento XVI ainda era o Papa em exercício. A data da publicação da mensagem do Santo Padre não foi escolhida por acaso, no dia 24 de janeiro a Igreja celebra São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas.

A PASCOM (Pastoral da Comunicação) da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, em sintonia com as comemorações do Dia Mundial das Comunicações Sociais, realizará no próximo sábado, 11 de maio, um encontro que reunirá os representantes de todas as paróquias da Diocese.

O encontro será realizado na Paróquia Nosso Senhor dos Passos, Cachoeiro de Itapemirim, e contará com palestras e grupos de reflexão sobre o tema Comunicação.


Fonte: Site Oficial da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim

segunda-feira, 18 de março de 2013


História da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
 
Jovem: Quem criou e como iniciou a JMJ?
JMJ: Em 1984 foi celebrado na Praça São Pedro, Vaticano, o Encontro Internacional da Juventude com o beato papa João Paulo II, por ocasião do Ano Santo da Redenção. Em 1985 foi declarado o Ano Internacional da Juventude pelas Nações Unidas. Houve outro encontro internacional de jovens no Vaticano e o idealizador papa João Paulo II anunciou a instituição da JMJ. Celebrada, oficialmente, no Domingo de Ramos de 1986. A JMJ tem como objetivo fazer de Jesus o centro da fé e da vida da juventude, para que Ele seja o ponto de referência e a inspiração de cada iniciativa e compromisso das novas gerações para a evangelização da Juventude, a fortificação de sua fé e momento de intensa catequese.
Jovem: A cruz simboliza peregrinação? E, o porquê das JMJ?
JMJ: A cruz simboliza a peregrinação que vai dos preparativos até os eventos conclusivos da JMJ. Representa a união dos jovens, com o Papa, com a Igreja e com todo o mundo. A cruz ficou conhecida por diversos nomes: Cruz do Ano Santo, do Jubileu, da JMJ, Peregrina, e Cruz dos Jovens porque ela foi entregue pelo papa João Paulo II aos jovens para que a levassem por todos os lugares.
A cruz é de madeira e mede 3,8 metros, foi colocada como símbolo da fé católica, perto do altar principal na Basílica de São Pedro durante o Ano Santo da Redenção (Semana Santa de 1983 à Semana Santa de 1984). No final, após fechar a Porta Santa, o Papa entregou a cruz em nome de toda a juventude católica no Centro São Lourenço, em Roma. Iniciou-se assim, as peregrinações por todas as partes. As palavras do papa João Paulo II foram: “Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção”.
Os jovens acolheram o desejo do papa. E desde 1984, a cruz da JMJ peregrinou pelo mundo, estando presente em cada celebração internacional da JMJ. Em 1994, a cruz peregrina começou a ser tradição por sua jornada pelas dioceses dos países sede da JMJ internacional, como um meio de preparação espiritual para o grande evento. Um tempo para reavivar nos jovens a sua caridade e celebrar a fé na união da diversidade de povos, línguas e nações. As Jornadas são como fontes para reabastecer a fé de cada jovem na Igreja e da Igreja nos jovens. Ela não concorre com os grupos da juventude, busca ser um tempo especial de vivência na intimidade com o Redentor e no amor pela humanidade.
O papa João Paulo II, explicou o porquê desses encontros mundiais. “Uma Jornada da Juventude oferece ao jovem uma experiência viva de fé e comunhão, que o ajudará a enfrentar as questões profundas da vida e a assumir com responsabilidade o seu lugar na sociedade e na comunidade eclesial.”
 Jovem: E o Ícone de Maria quando passou a acompanhar a JMJ?
JMJ: Em 2003, quando o papa João Paulo II deu aos jovens o segundo símbolo de fé para ser levado junto a cruz da JMJ: o ícone de Nossa Senhora, “Salus Populi Romani”, é uma cópia contemporânea de um antigo ícone encontrado na primeira basílica de Maria, no Ocidente, a Santa Maria Maior. “Hoje eu confio a vocês o ícone de Maria. De agora em diante, ele vai acompanhar as JMJ, junto com a cruz. Contemplem a sua Mãe! Ele será um sinal da presença materna de Maria próxima aos jovens que são chamados, como o apóstolo João, a acolhê-la em suas vidas”.
Jovem: Como é este tempo de eventos da Igreja Católica?
JMJ: é um tempo da Igreja para e com os jovens e todo o mundo. Ela reúne milhares de jovens do mundo para celebrar e aprender sobre a fé e para construir amizade e esperança entre povos e culturas. São celebradas em intervalos de 2 ou 3 anos, em um lugar  escolhido para celebrar a grande Jornada, e cada Jornada, o Papa sugere um tema. Nos anos intermediários, ela é vivida localmente, no Domingo de Ramos, por algumas dioceses ao redor do mundo.
Durante a JMJ acontecem eventos como catequeses, adorações, momentos de oração, palestras, partilhas, shows e Missas. Tudo isso em diversas línguas. Mas todas as atividades com o mesmo objetivo: a busca de Deus.
Os jovens são parte da Civilização do Amor. “Sois jovens da Igreja. Por isto eu vos envio para a grande missão de evangelizar os jovens que andam por este mundo errante, como ovelhas sem pastor. Sede apóstolo dos jovens. Convidai-os para que venham convosco, façam a mesma experiência de fé, de esperança e de amor; encontrem-se com Jesus, para se sentirem realmente amados, acolhidos, com plena possibilidade de realizar-se. Que eles descubram os caminhos seguros do mandamentos e por eles cheguem até Deus”. Bento XVI, encontro com os Jovens no Pacaembu 2007.
Jovem: Como foi a sua experiência da JMJ na Espanha?
JMJ: Vivi momentos de fé e de esperança, onde as barreiras dos idiomas e das culturas ficaram de lado frente à ação do Espírito Santo na caridade. A juventude quer recuperar a beleza dos relacionamentos humanos, desprovidos de qualquer interesse, marcados pelo amor a Deus e ao próximo. Milhares de jovens estavam reunidos em Madrid em oração e fraternidade, e nos entendíamos pela linguagem do amor. Em muitos momentos percebi o que significou ser “Enraizados e fundados em Cristo... firmes na fé”.
Um exemplo: Na noite de Vigília, momento de Oração no Aeroporto Quatro Ventos de Madri, completamente tomada pela multidão de peregrinos. Um forte calor, logo, uma violenta tempestade obrigou Bento XVI a interromper a homilia diante dos jovens. Um forte vento, acompanhado de chuva e trovões, começou a soprar e Bento XVI, embora protegido por um grande guarda-chuva branco, teve que suspender a homilia.
Depois de alguns minutos, Bento XVI retomou a palavra agradecendo aos jovens por sua alegria e ‘resistência’ e proferiu: “Meus queridos amigos, convido cada um e cada uma de vós a estabelecer um diálogo pessoal com Cristo, expondo-Lhe as próprias dúvidas e, sobretudo escutando-O. O Senhor está aqui e chama-te! Jovens amigos vale a pena ouvir dentro de nós a Palavra de Jesus e caminhar seguindo os seus passos. Pedi ao Senhor que vos ajude a descobrir a vossa vocação na vida e na Igreja, e a perseverar nela com alegria e fidelidade, sabendo que Ele nunca vos abandona nem atraiçoa! Ele está conosco até ao fim do mundo”. Uma ventania-chuva caiu sobre os jovens, chuva de graça e vento do sopro do ES. Molhados de benção, e logo a calmaria do tempo e paz presente. Molhados ou secos a juventude pode ver a presença do papa que não abandonou a sua juventude. E que belo foi ao passar a chuva escutar os jovens a uma só voz atrapalhando o papa a falar: “Essa é a juventude do papa”.
Antes de deixar o local rumo à Nunciatura, Bento XVI disse algumas palavras de improviso, agradecendo aos jovens: “Vivemos uma aventura juntos. Forte na fé, vocês resistiram á chuva. Antes de ir embora, desejo ‘boa-noite’ a todos. Que descansem bem. Obrigado pelo sacrifício que estão fazendo e que sem dúvida, oferecerão generosamente ao Senhor. vamos nos ver amanhã, se Deus quiser. Espero vocês todos. Obrigado pelo maravilhoso exemplo que deram. Do mesmo modo, esta noite, com Cristo, poderão enfrentar as provas da vida. Obrigado a todos!”.
Que podemos dizer frente a essas palavras... Ele é Bento, foi um papa dos jovens... Ele nos levou a encontrar-se com o Senhor. Que encontro maravilhoso, que juventude vibrante, que encontro pessoal com DEUS magnífico. Que JMJ.
Por fim, o papa da o aviso... Próxima JMJ Rio de Janeiro – Brasil... E agora temos a expectativa em receber o novo peregrino do Amor. A JMJ Rio 2013 espera com amor o novo papa. Como Cristo no Corcovado, estamos de braços abertos para receber toda a Igreja Povo de Deus reunido.
Jovem: Onde e qual tema tiveram as JMJ?
JMJ:
1°- 1986 - Roma, Itália. "Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês" (1Pd 3, 15).
2°- 1987 - Buenos Aires, Argentina. “Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele” (1Jo 4, 16).
3°- 1989 - Santiago de Compostela, Espanha. “Eu sou o caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14, 6).
4º- 1991 - Częstochowa, Polônia. “Vocês receberam o Espírito que os adota como filhos" (Rm 8,15).
5°- 1993 - Denver, Estados Unidos. “Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (Jo 10,10).
6°- 1995 - Manila, Filipinas. “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio"(Jo 20,21).
7°- 1997 - Paris, França. “Mestre, onde moras? Vinde e vereis" (Jo 1,38-39).
8°- 2000 - Roma, Itália. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14).
9°- 2002 - Toronto, Canadá. “Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo" (Mt 5,13-14). Foi a última Jornada do papa João Paulo II.
10°- 2005 - Colónia, Alemanha. "Viemos adorá-lo" (Mt 2, 2).
11°- 2008 - Sydney, Austrália. "Recebereis a força do Espírito Santo, que virá sobre vós, e sereis minhas testemunhas" (Atos 1, 8).
12°- 2011 - Madrid, Espanha.  “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (cf. Cl 2, 7). Foi a última Jornada com a presença do papa Bento XVI.
13°- 2013 – Rio de Janeiro, Brasil. "Ide e fazei discípulos entre todas as nações". (Mt 28,19).
Confiemos nos jovens de hoje como o bispo emérito de Roma Bento XVI: “A Igreja conta com vocês. Necessita da fé viva, da caridade criativa e do dinamismo da esperança de vocês. A presença de vocês renova a Igreja, a rejuvenesce e lhe dá um novo impulso”. E com o beato João Paulo II: “A esperança de um mundo melhor está numa juventude sadia, com valores, responsável e, acima de tudo, voltada para Deus e para o próximo”. .
DEUS abençoe. Olhos fixos em JESUS... 

Pe. Fr. Didier Esperidião Neto, oar.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

"Redes sociais: portais de verdade e de fé"

Cidade do Vaticano (RV) – 
Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais; que será celebrado em 12 de maio.
“Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização” é o título da Mensagem, que publicamos a seguir:
Amados irmãos e irmãs,
Encontrando-se próximo o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2013, desejo oferecer-vos algumas reflexões sobre uma realidade cada vez mais importante que diz respeito à maneira como as pessoas comunicam atualmente entre si; concretamente quero deter-me a considerar o desenvolvimento das redes sociais digitais que estão a contribuir para a aparição duma nova ágora, duma praça pública e aberta onde as pessoas partilham ideias, informações, opiniões e podem ainda ganhar vida novas relações e formas de comunidade.

Estes espaços, quando bem e equilibradamente valorizados, contribuem para favorecer formas de diálogo e debate que, se realizadas com respeito e cuidado pela privacidade, com responsabilidade e empenho pela verdade, podem reforçar os laços de unidade entre as pessoas e promover eficazmente a harmonia da família humana. A troca de informações pode transformar-se numa verdadeira comunicação, os contatos podem amadurecer em amizade, as conexões podem facilitar a comunhão. Se as redes sociais são chamadas a concretizar este grande potencial, as pessoas que nelas participam devem esforçar-se por serem autênticas, porque nestes espaços não se partilham apenas ideias e informações, mas em última instância a pessoa comunica-se a si mesma.

O desenvolvimento das redes sociais requer dedicação: as pessoas envolvem-se nelas para construir relações e encontrar amizade, buscar respostas para as suas questões, divertir-se, mas também para ser estimuladas intelectualmente e partilhar competências e conhecimentos. Assim as redes sociais tornam-se cada vez mais parte do próprio tecido da sociedade enquanto unem as pessoas na base destas necessidades fundamentais. Por isso, as redes sociais são alimentadas por aspirações radicadas no coração do homem.

A cultura das redes sociais e as mudanças nas formas e estilos da comunicação colocam sérios desafios àqueles que querem falar de verdades e valores. Muitas vezes, como acontece também com outros meios de comunicação social, o significado e a eficácia das diferentes formas de expressão parecem determinados mais pela sua popularidade do que pela sua importância intrínseca e validade. E frequentemente a popularidade está mais ligada com a celebridade ou com estratégias de persuasão do que com a lógica da argumentação. Às vezes, a voz discreta da razão pode ser abafada pelo rumor de excessivas informações, e não consegue atrair a atenção que, ao contrário, é dada a quantos se expressam de forma mais persuasiva. Por conseguinte os meios de comunicação social precisam do compromisso de todos aqueles que estão cientes do valor do diálogo, do debate fundamentado, da argumentação lógica; precisam de pessoas que procurem cultivar formas de discurso e expressão que façam apelo às aspirações mais nobres de quem está envolvido no processo de comunicação. Tal diálogo e debate podem florescer e crescer mesmo quando se conversa e toma a sério aqueles que têm ideias diferentes das nossas. «Constatada a diversidade cultural, é preciso fazer com que as pessoas não só aceitem a existência da cultura do outro, mas aspirem também a receber um enriquecimento da mesma e a dar-lhe aquilo que se possui de bem, de verdade e de beleza» (Discurso no Encontro com o mundo da cultura, Belém, Lisboa, 12 de Maio de 2010).

O desafio, que as redes sociais têm de enfrentar, é o de serem verdadeiramente abrangentes: então beneficiarão da plena participação dos fiéis que desejam partilhar a Mensagem de Jesus e os valores da dignidade humana que a sua doutrina promove. Na realidade, os fiéis dão-se conta cada vez mais de que, se a Boa Nova não for dada a conhecer também no ambiente digital, poderá ficar fora do alcance da experiência de muitos que consideram importante este espaço existencial. O ambiente digital não é um mundo paralelo ou puramente virtual, mas faz parte da realidade quotidiana de muitas pessoas, especialmente dos mais jovens. As redes sociais são o fruto da interação humana, mas, por sua vez, dão formas novas às dinâmicas da comunicação que cria relações: por isso uma solícita compreensão por este ambiente é o pré-requisito para uma presença significativa dentro do mesmo.

A capacidade de utilizar as novas linguagens requer-se não tanto para estar em sintonia com os tempos, como sobretudo para permitir que a riqueza infinita do Evangelho encontre formas de expressão que sejam capazes de alcançar a mente e o coração de todos. No ambiente digital, a palavra escrita aparece muitas vezes acompanhada por imagens e sons. Uma comunicação eficaz, como as parábolas de Jesus, necessita do envolvimento da imaginação e da sensibilidade afetiva daqueles que queremos convidar para um encontro com o mistério do amor de Deus. Aliás sabemos que a tradição cristã sempre foi rica de sinais e símbolos: penso, por exemplo, na cruz, nos ícones, nas imagens da Virgem Maria, no presépio, nos vitrais e nos quadros das igrejas. Uma parte consistente do património artístico da humanidade foi realizado por artistas e músicos que procuraram exprimir as verdades da fé.

A autenticidade dos fiéis, nas redes sociais, é posta em evidência pela partilha da fonte profunda da sua esperança e da sua alegria: a fé em Deus, rico de misericórdia e amor, revelado em Jesus Cristo. Tal partilha consiste não apenas na expressão de fé explícita, mas também no testemunho, isto é, no modo como se comunicam «escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011). Um modo particularmente significativo de dar testemunho é a vontade de se doar a si mesmo aos outros através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana. A aparição nas redes sociais do diálogo acerca da fé e do acreditar confirma a importância e a relevância da religião no debate público e social.

Para aqueles que acolheram de coração aberto o dom da fé, a resposta mais radical às questões do homem sobre o amor, a verdade e o sentido da vida – questões estas que não estão de modo algum ausentes das redes sociais – encontra-se na pessoa de Jesus Cristo. É natural que a pessoa que possui a fé deseje, com respeito e tacto, partilhá-la com aqueles que encontra no ambiente digital. Entretanto, se a nossa partilha do Evangelho é capaz de dar bons frutos, fá-lo em última análise pela força que a própria Palavra de Deus tem de tocar os corações, e não tanto por qualquer esforço nosso. A confiança no poder da ação de Deus deve ser sempre superior a toda e qualquer segurança que possamos colocar na utilização dos recursos humanos. Mesmo no ambiente digital, onde é fácil que se ergam vozes de tons demasiado acesos e conflituosos e onde, por vezes, há o risco de que o sensacionalismo prevaleça, somos chamados a um cuidadoso discernimento. A propósito, recordemo-nos de que Elias reconheceu a voz de Deus não no vento impetuoso e forte, nem no tremor de terra ou no fogo, mas no «murmúrio de uma brisa suave» (1 Rs 19, 11-12). Devemos confiar no facto de que os anseios fundamentais que a pessoa humana tem de amar e ser amada, de encontrar um significado e verdade que o próprio Deus colocou no coração do ser humano, permanecem também nos homens e mulheres do nosso tempo abertos, sempre e em todo o caso, para aquilo que o Beato Cardeal Newman chamava a «luz gentil» da fé.

As redes sociais, para além de instrumento de evangelização, podem ser um fator de desenvolvimento humano. Por exemplo, em alguns contextos geográficos e culturais onde os cristãos se sentem isolados, as redes sociais podem reforçar o sentido da sua unidade efetiva com a comunidade universal dos fiéis. As redes facilitam a partilha dos recursos espirituais e litúrgicos, tornando as pessoas capazes de rezar com um revigorado sentido de proximidade àqueles que professam a sua fé. O envolvimento autêntico e interativo com as questões e as dúvidas daqueles que estão longe da fé, deve-nos fazer sentir a necessidade de alimentar, através da oração e da reflexão, a nossa fé na presença de Deus e também a nossa caridade operante: «Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine» (1 Cor 13, 1).

No ambiente digital, existem redes sociais que oferecem ao homem atual oportunidades de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Mas estas redes podem também abrir as portas a outras dimensões da fé. Na realidade, muitas pessoas estão a descobrir – graças precisamente a um contato inicial feito on line – a importância do encontro direto, de experiências de comunidade ou mesmo de peregrinação, que são elementos sempre importantes no caminho da fé. Procurando tornar o Evangelho presente no ambiente digital, podemos convidar as pessoas a viverem encontros de oração ou celebrações litúrgicas em lugares concretos como igrejas ou capelas. Não deveria haver falta de coerência ou unidade entre a expressão da nossa fé e o nosso testemunho do Evangelho na realidade onde somos chamados a viver, seja ela física ou digital. Sempre e de qualquer modo que nos encontremos com os outros, somos chamados a dar a conhecer o amor de Deus até aos confins da terra.

Enquanto de coração vos abençoo a todos, peço ao Espírito de Deus que sempre vos acompanhe e ilumine para poderdes ser verdadeiramente arautos e testemunhas do Evangelho. «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura» (Mc 16, 15).

       Fonte: Site da Rádio Vaticano

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

AS JAR QUEREM SENTIR O ABRAÇO DO CRISTO REDENTOR NA JMJ-RIO DE JANEIRO 2013

«Ide e fazei discípulos entre as nações!» (cf. Mt 28,19) é o título da Mensagem de Bento XVI tendo em vista a 28ª Jornada Mundial da Juventude, que terá lugar no Rio de Janeiro (Brasil) no mês de julho de 2013. O Papa convida os jovens a “deixar-se abraçar por Cristo”, aludindo à grande imagem que preside a cidade carioca. Por sua parte, as Juventudes Agostiniano-Recoletas (JAR) preparam sua unificação e seu segundo Encontro Internacional coincidindo com a festa universal dos jovens católicos.
Bento XVI se dirigiu aos jovens em uma mensagem que começa assim: “Desejo, em primeiro lugar, renovar a vós o convite para participardes nesse importante evento. A conhecida estátua do Cristo Redentor, que se eleva sobre àquela bela cidade brasileira, será o símbolo eloquente deste convite: seus braços abertos são o sinal da acolhida que o Senhor reservará a todos quantos vierem até Ele, e o seu coração retrata o imenso amor que Ele tem por cada um e cada uma de vós. Deixai-vos atrair por Ele! Vivei essa experiência de encontro com Cristo, junto com tantos outros jovens que se reunirão no Rio para o próximo encontro mundial! Deixai-vos amar por Ele e sereis as testemunhas de que o mundo precisa”.
 A mensagem, que pode ser lida na íntegra na web oficial da Jornada: http://www.rio2013.com, continua assim: “A Igreja, para continuar esta missão de evangelização, conta também convosco. Queridos jovens, vós sois os primeiros missionários no meio dos da vossa idade! No final do Concílio Ecumênico Vaticano II, cujo cinquentenário celebramos neste ano, o Servo de Deus Paulo VI entregou aos jovens e às jovens do mundo inteiro uma mensagem que (…) concluía com um apelo: «Construí com entusiasmo um mundo melhor que o dos vossos antepassados!»
De sua parte, o Secretariado de Apostolado Educativo e Pastoral Juvenil da Ordem começou a organizar o II Encontro Internacional JAR que terá lugar de 19 a 23 de julho no Colégio Santo Agostinho do Leblon, no Rio de Janeiro. Os jovens agostinianos recoletos se somarão, entre 23 e 28 de julho, aos atos da Jornada Mundial da Juventude. Com o propósito de não deixar de fora nenhum dos jovens que tem uma proximidade com a Ordem e devido a que as JAR ainda não estão implantadas em todos os ministérios, o Secretariado informa que “poderão participar jovens que, sem pertencer às JAR, estejam dispostos a aceitar as exigências e dinâmica próprias de um encontro seu. Neste caso, o religioso encarregado escolherá um pequeno grupo de jovens, para prováveis catequistas, monitores, líderes…, que depois do Encontro possam tornar-se promotores das JAR em seu ministério”.
O primeiro Encontro Internacional das JAR, realizado em Madri em 2012, em torno de 500 jovens agostinianos recoletos. Prevendo que o número se possa multiplicar, devido à forte presença agostiniano-recoleta no Brasil, o Secretariado da Ordem enviou informação com indicações concretas aos responsáveis da pastoral juvenil das oito províncias presentes em outros 18 países.
Fonte:
http://www.agustinosrecoletos.com/news/view/4-noticias-actualidad/3886-las-jar-quieren-sentir-el-abrazo-de-cristo-redentor-en-la-jmj-de-rio-de-janeiro-2013?lang=pt_PT